sexta-feira, 14 de março de 2008

Disney - Entretenimento ou Maldição?


Por César Augusto Ribeiro


"Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento." Filipenses 4:8


Desenhos animados podem conter mensagens subliminares (mensagens subliminares são sugestões geralmente imperceptíveis ao consciente, que são embutidas em vidros ou músicas, e que pela repetição, acabam sendo aceitas de maneira inconsciente). Depois que a notícia sobre a existência de imagens subliminares nos desenhos da Disney foram divulgadas pelo pregador brasileiro Josué Yrion, radicado nos EUA, inúmeros pesquisadores saíram à caça de mais evidências. Infelizmente para a Disney, a lista foi ampliada. São fatos e provas contundentes demais para ignorá-los. Até mesmo pessoas não religiosas e, portanto, sem o mesmo interesse no assunto que o pregador, ficaram horizadas com aquilo que estava sendo mostrado a seus filhos em nome da alegria e do encantamento. Dentro dos limites do bom senso, achei oportuno passar adiante estas informações. Veja o que se descobriu: No filme "Mogly", a serpente diz ao menino que olhe em seus olhos, porque levaria para o abismo, de onde jamais poderia sair; no filme "Robin Hood", o herói usa uma bola de cristal para chamar o príncipe das trevas e faz conjuros com os dedos das mãos, sinais reconhecidos como os mesmos utilizados pelos satanistas para invocar demônios; no filme "Hércules", o diabo sai do meio do abismo e diz que seu nome é Hades, o senhor da morte; a capa do vídeo "A pequena Sereia" é apontada como pornografia infantil: colunas submersas têm forma de um membro sexual masculino. No filme, na cena do casamento, existem sinais de excitação sexual; no filme "Cinderela", o gato se chama Lúcifer; o significado indígena da palavra "Pokahontas" é "espírito invocado do abismo". A garota do filme vai a uma árvore e consulta o espírito de alguém que teria morrido há 400 anos. Em junho de 1996, 97 e 98, a Walt Disney World foi a anfitriã do 6º, 7º e 8º Fia Anual de Gays e Lésbicas. Num desenho animado, os organizadores retrataram o Mickey e o pato Donald como amantes homossexuais, e Minnie e Margarida como lésbicas. A companhia não fez nenhma objeção publicamente. Os atores Ernie Sabella e Nathan Lane, disseram que as personagens que interpretam (Timão e Pumba) no filme "O Rei Leão" foram as primeiras personagens homossexuais da Disney a aparecerem na tela. A Disney contratou Devin Smith para produzir os filmes "Dogma", que ataca o cristianismo, dizendo que a crença cristã é pouco mais que mitologia, e "A procura de Amy", sobre um homem que diz ser amado por uma garota, até descobrir que ela é lésbica. Eu mesmo vi uma chamada para este filme na TV a cabo HBO no início de julho de 2000. Há um beijo na boca entre garota e sua namorada (já na própria chamada !) que é de tirar o fôlego. De nós, não delas... A Disney admitiu em Janeiro/2000 que até então inofensivo desenho animado "Bernardo e Bianca", produzido em 1997, contém imagens subliminares ao longo da fita. A cena acontece aos 28 minutos do filme: os dois ratinhos - engajados em ajudar uma menina a se livrar de sequestradores - então viajando sobre um velho albatroz. A aterrissagem, o pássaro perde altura e passa em frente a vários prédios. Numa janela aprece a imagem pornográfrica de uma mulher expondo o corpo. A Disney só admitiu o que chama de "imagens de fundo objetáveis" depois que elas apareceram na Internet. A empresa informou que recolheu cerca de 3,4 milhões de fitas nos EUA. A cena de nudez no desenho animado amplia suspeitas entre milhares de cristãos do mundo inteiro a respeito da idoneidade moral da companhia. Nos EUA, por exemplo, a numerosa Convenção Batista do Sul que agrega cerca de 15 milhões de cristãos, aprovou há dois anos um boicote a todos os filmes, produtos e centros de diversão da empresa. Não tenho nada contra a Disney - quer dizer, não tinha - e sim contra o que ela produz. Apenas faço isso por amor às crianças. Tenho 2 filhos (um com 5 e outro com 3 anos) e muitos sobrinhos. Com eles converso sobre os Tele Tubbies, Tom & Jerry e, agora, sobre os desenhos japoneses e figurinhas de bolso "Pokémon", uma novidade para os pequenos, mas uma tremenda dor de cabeça para os pais cristãos: seguidamente meus filhos chegam da escola com "alguns demônios na mochila" ('poke'=bolso; 'mon',abreviação de 'demon'. 'Pokemon'= demônios de bolso), todos instigados ao mal e à violência. O jornal "A folha de São Paulo"de 14/2/1999 traz a notícia de 685 crianças japonesas internadas após verem uma cena do monstrinho Pikachu na TV. Naquela noite, centenas de adultos, ao verem a mesma cena no telejornal, também foram internadas com graves distúrbios. Demônios? Obsessão? Paranóia? O que sei é que para um pai consciente isso basta. Claro, você dirá, isso é normal no mundo de hoje. Para mim não é. Conheço crianças com sérias perturbações (os pais acham que são normais) porque passam as manhãs vendo esses desenhos, as quais vão se acostumando a imagens e a realidade de sexo, lesbianismo, violência e satanismo sem ainda poderem discernir entre realidade e fantasia. Só que não é fantasia, é realidade! E então acontece uma verdadeira lavagem cerebral. Matam já desde pequenos (basta ver quantos assassinatos há nos EUA praticados por crianças) sem saber o real porquê. E eu não desejo que minhas crianças experimentem essas "coisas normais". É meu dever protegê-las agora, não depois. Ah, se isso lhe causa problemas na escola? Sim causa. Meus filhos são ridicularizados pelos colegas - filhos de pais que não vêem as coisas como eu e minha esposa. Mas chegando em casa, damos um jeito: explicamos, enxugamos suas lágrimas e logo tudo fica no lugar. A direção da escola pode estranhar um pouco nossa atitude, e também as suas professoras - mas nossos filhos nos entendem. E isso é o que importa. Os dois são crianças de paz, doces, meigas e com razoável discernimento entre o que é certo e o que é errado. Quando a este, especialmente, sabem reconhecê-lo facilmente. Um exemplo? Não acham certo o boneco Tinky Winky dos Tele Tubbies, que é masculino, usar bolsa. Ah, disse a criadora australiana questionada pela "Time", criança usa bolsa, saia, qualquer coisa, porque é inocente. Meus filhos discordam... Se "o" Tinky é homem, não deve usar bolsa. Nem saia. E por que será que ele usa aquele triângulo, símbolo dos gays na cabeça? Raios, dirá você, esse Cézar é fanático. Não sou. Apenas olho também os detalhes, e não apenas o genérico. Isso é educar. Se cuido dos detalhes em minha agência de propaganda, porque não o faria com meus próprios filhos? Mas não sou só eu, felizmente a revista "Time" considerou "O rei Leão" como o mais sujo e perverso filme já produzido pela Disney. Há um leão efeminado, ensinos de bruxaria, consulta aos mortos e, quando Simba bate as pernas em uma pedra e o pó se levanta, aparece a palavra sexo, em inglês, numa fração de segundo. Pode? Claro que sim. De fato, a Disney caminha à margem da humanidade. Veja: porque será que o Tio Patinhas não tem esposa? Nem o Pato Donald? Nem o Mickey? Eles tem sobrinhos, mas onde estão os pais dessas crianças ? A Lalá, a Lelé e a Lili são filhas de quem? E porque será que o Pateta nunca se casa com a Clarabela? E nem o Mickey com a Minnie? E a bondosa vovó Donalda, ela casou com quem para ser avó? Porque ninguém tem esposa ou marido? Interessante, não? Nenhum valor dos personagens segue os valores da humanidade. O Patinhas é avarento, o Donald nervoso, o Pateta é atrapalhado, o Gastão sortudo, a Maga feiticeira, o Gansolino preguiçoso, e assim por diante. Valores? Que valores? Pra piorar, a Disney retratou os brasileiros através de um personagem vadio, gozador, desempregado por opção e trambiqueiro: o Zé Carioca. Para a Disney, ele é protótipo do nosso povo. Argh!, isso eu não aguento - ser comparado ao Zé Carioca? Bem é isso. Acho que basta para levar alguns a refletir sobre o que passa diante de nossos olhos. O que estranho em toda essa história é: porque uma empresa como a Disney chegou a este ponto? Pôr uma imagem pornográfica num desenho de Bernardo e Bianca? Para quê? Nessa hora, não tem jeito, tenho de apelar para Jesus: "A boca fala daquilo que o coração está cheio", dizia Ele. "Sepulcros caiados", gritava contra os fariseus, "vocês são bonitos por fora, mas podres por dentro".


Cezar Augusto Ribeiro, 44 anos, evangélico, é Especialista em Comunicação pelo Centro Nacional de Pesquisas Científicas de Lyon (França), com cursos de extensão de TV na EuroVisão (Genebra, Suiça), de Rádio (Lausanne, Suiça) e Audiovisual (Roma). Publicitário, sócio da agência Marchand Propaganda em Ponta Grossa - PR.

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