terça-feira, 22 de abril de 2008

Quênia: Adventistas se opõem a proposta de seis dias de trabalho

15 por cento dos funcionários públicos poderiam ser afetados, diz dirigente; campanha pela imprensa e comunidade

A Igreja Adventista no Quênia empreendeu uma campanha publicitária por periódicos nacionais em 10 de abril explicando sua oposição a uma proposta governamental para um regime de seis dias de trabalho. Dirigentes da Igreja planejam atuar junto a oficiais trabalhistas e governamentais com respeito à proposta, que requereria que os funcionários públicos adventistas trabalhem aos sábados.

Os adventistas do sétimo dia no Quênia estão criticando uma proposta governamental de um regime de seis dias de trabalho que requereria que os funcionários públicos trabalhem aos sábados, o dia de repouso bíblico para os quase 16 milhões de membros globais da denominação.O ministro de serviço público do Quênia introduziu a proposta após uma equipe governamental ter examinado um novo modelo de trabalho.Dirigentes da Igreja Adventista apelaram ao governo para suspender a proposta, declarando que requereria que os membros que atuam como funcionários públicos trabalhem aos sábados, o que se conflitaria com a garantia constitucional de liberdade religiosa."Conquanto apreciando o zelo do ministro para levar nossa nação a uma economia de 24 horas, somos da opinião que qualquer medida nesse rumo devia ser sensível aos direitos fundamentais dados por Deus a todos os quenianos", disse Paul Muasya, diretor-executivo da União da África Oriental numa declaração durante uma conferência de imprensa em Nairobi, na semana passada.Sua declaração inteira também apareceu como publicidade em periódicos nacionais, incluindo o "Daily Nation" e "The Standard".Dirigentes da Igreja no Quênia disseram que a proposta poderia afetar 15 por cento dos servidores públicos no país. Representantes da União dos Servidores Públicos do Quênia disseram que aceitariam trabalhar no sábado se fosse tratado como horas extras, segundo o jornal "Daily Nation".Na semana passada, o periódico registrou as palavras do ministro de Serviço Público Asman Kamama segundo o qual, os funcionários públicos deveriam parar de ser "conservadores" e "abraçar a mudança". Kamama não estava disponível para comentários.A Comissão de Justiça e Compromisso da denominação reuniu-se em 10 de abril para estabelecer planos opondo-se à proposta do ministro, declarou Philip Gai, o diretor de comunicação da África Oriental."Tencionamos dialogar com o ministro envolvido, realizar campanhas mediante nossos membros da Igreja que estão no parlamento, e através da associação de advogados adventistas, reunir-nos com os líderes da união dos servidores públicos e com a Federação de Empregados do Quênia", declarou Gai. "Também desejamos sensibilizar os membros da Igreja sobre a situação e lançar seminários sobre liberdade religiosa em todas as nossas igrejas", ele aduziu.O Quênia, um país de 37 milhões de pessoas, tem aproximadamente 565.000 adventistas. Os dirigentes denominacionais estimam que tal número salta para três milhões se forem incluídas as crianças que ainda não decidiram unir-se à Igreja mediante o batismo.

fonte: http://www.advir.com.br/news/