terça-feira, 23 de setembro de 2008

Casados, Mas Felizes

Michael e Jennifer realizaram o casamento tão esperado e planejado e viram-no desenrolar-se como um lindo sonho. Cada detalhe era perfeito e cuidadosamente planejado.Michael pensou em tudo o que ocorrera durante os últimos dois anos e meio. Estava convicto de que foram os anos mais maravilhosos de sua vida. E Jennifer sentia-se a mulher mais feliz do mundo. Estar com Michael e saber que agora ficariam juntos para sempre produzia-lhe profunda emoção.Michael e Jennifer estavam experimentando o sentimento especial daqueles que acreditam ter encontrado sua “alma gêmea”. Sentiam que seus sonhos haviam-se realizado e que suas necessidades seriam atendidas.Quase todo ser humano deseja estabelecer um lar com uma pessoa que seja sua “outra metade”; alguém que compartilhe uma amizade íntima e experiências de vida que não podem ser divididas com mais ninguém. Eles acreditam que, nesse sentido, estarão plenamente realizados.O primeiro casalO registro bíblico indica que Deus criou os seres humanos com um desejo inato por um companheiro com quem estabelecer um lar. Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só”, e fez-lhe uma “auxiliadora” (Gênesis 2:18). Somente depois disso Adão tornou-se um ser completo.Muitas pessoas têm dificuldades de encontrar sua “auxiliadora” ou “auxiliador”. Freqüentemente acham alguém que não é um auxílio, mas um obstáculo, e acabam sentindo que é melhor viver sozinho do que em má companhia.Por que os casamentos fracassamMuitos falham em encontrar uma “auxiliadora” ou “auxiliador” porque ignoram um ou mais passos necessários para um namoro bem-sucedido. Aqueles que não obtêm sucesso no namoro, provavelmente terão um casamento fracassado. Os casais que têm dificuldades de relacionamento na fase do namoro diminuem as probabilidades de um casamento bem-sucedido. Eles começam com o pé errado e tropeçam durante todo o caminho. (Ver “Características de um namoro feliz”).Deste dia em dianteEm pé diante do pastor, Michael e Jennifer prometeram um ao outro “viverem juntos conforme os mandamentos de Deus no santo estado do matrimônio… para amar, honrar e confortar… na doença e na saúde, na prosperidade e na adversidade… e renunciando a todas(os) as/os outras/outros, conservando-se somente um para o outro enquanto ambos viverem”. Ambos responderam firmemente: “Sim!”Durante a cerimônia, o pastor citou as palavras de Tertuliano que têm inspirado casais através dos séculos:
“Quão belo é o casamento de dois cristãos que são um em esperança, em desejo, em estilo de vida, na religião que praticam. Nada os divide, quer na carne quer no espírito. Eles oram juntos, adoram a Deus juntos, jejuam juntos, instruem-se uns aos outros, encorajam-se uns aos outros, fortalecem-se uns aos outros. Lado a lado vão à casa de Deus e participam dos banquetes divinos; juntos enfrentam dificuldades e perseguições e compartilham consolação. Não guardam segredos um do outro; nunca evitam a companhia um do outro; nunca deixam triste o coração um do outro. Eles visitam o doente e ajudam o necessitado. Cantam salmos e hinos uns para os outros, sempre procurando louvar ao Senhor. Cristo Se regozija em ouvi-los e vê-los. Para esses Ele concede Sua paz.” (Citado por William J. McRae, Biblioteca Sacra, 1987).Quando o pai de Jennifer a deu em casamento, sentiu um nó na garganta. Sua mãe achou que ia desmaiar quando viu sua filhinha deixar o lar para sempre. Que dilema difícil enfrentam os pais — sofrem quando os filhos se casam, e sofrem se seus filhos nunca se casam. Mas esse sofrimento não se compara à agonia de vê-los fracassarem no casamento.


O que estava reservado para Michael e Jennifer em sua nova vida de casados? Será que esses jovens marinheiros, ao serem arremessados no oceano da vida num pequeno barco chamado casamento, estariam preparados para as surpresas que os esperavam além do horizonte? Será que sobreviveriam às tempestades ou seriam destruídos pela fúria dos problemas encontrados na travessia? Eles estavam decididos a vencer, quaisquer que fossem os obstáculos. Oh, como eles queriam ser felizes! Porém, as estatísticas, as chances, estavam contra eles.Contra todas as probabilidadesAs estatísticas de divórcio são alarmantes. De cada dois casamentos realizados atualmente nos Estados Unidos, um termina em divórcio ao longo dos sete primeiros anos. Será que Michael e Jennifer fracassariam no casamento? De acordo com J. Carl Laney, em seu livro The Divorce Myth [O Mito do Divórcio], o Departamento de Recenseamento dos Estados Unidos relatou que em 1920 havia um divórcio para cada sete casamentos; em 1940 havia um para cada seis; em 1960, um para cada quatro; e em 1977, um para cada dois. Entre 1967 e 1977, o índice de divórcios duplicou-se. Na década de 1980, o divórcio constituía 53 por cento do número total de casamentos. Nessa proporção, diz Laney, logo haverá um divórcio para cada casamento. (Ver ao lado: “Razões erradas para se casar”)O casamento é ainda o tipo de relacionamento preferidoCom tais estatísticas, quem pretende casar-se? Bem, quase todo o mundo! Uma grande porcentagem da população subirá, um dia, ao altar. Estima-se que 96 por cento de homens e mulheres se casam. Dentre aqueles que se divorciam, a metade se casará novamente. Devido aos benefícios associados ao matrimônio, a humanidade está completamente voltada para a idéia do casamento. Apesar da dor vivida por aqueles que se divorciam, o casamento continua sendo o tipo de relacionamento preferido pela maioria de homens e mulheres. Na sociedade contemporânea, esse relacionamento ainda provê, entre outras vantagens, a oportunidade de satisfazer a necessidade que se sente de amizade íntima e segurança. (Ver quadro: “Benefícios do casamento”).A despeito das vantagens oferecidas pela vida de casados, os casamentos modernos parecem não atingir os objetivos esperados. Em seu livro Mirages of Marriage [Miragens do Casamento], William Lederer e Don Jackson afirmam que apenas 10 a 15 por cento das pessoas casadas desfrutam um relacionamento feliz. No começo de sua vida de casados, muitos descobrem que o casamento não é exatamente o que esperavam ou buscavam na vida.Muitos casamentos mudam de Romeu e Julieta para Romeu versus Julieta; de “dois em um” para “dois em tudo”. Parece que depois da lua-de-mel, o mel desaparece e o casal é deixado com o peso da lua. Em sua obra Intimate Life Styles [Estilos de Vida Intima], o sociólogo Mervyn Cadwallader declara o seguinte sobre os casamentos contemporâneos: “A verdade que observo é que os casamentos contemporâneos são uma instituição despedaçada. Eles expulsam a afeição voluntária e o amor, que deve ser desinteressadamente dado e recebido com alegria. Lindos romances são transformados em casamentos maçantes e, posteriormente, em relacionamento corrosivo e destrutivo. Esse romance que um dia foi lindo reduz-se a nada mais que uma obrigação e contrato amargos.”Aquilo que poderia ter sido uma grande benção é transformado numa terrível maldição. Como conseqüência, muitos casamentos terminam em divórcio.Um espinho na carne?O casamento não é fácil. Não é apenas trabalhoso encontrar nosso(a) “auxiliador(a)”, mas é difícil ajustar-se à vida com essa pessoa. O apóstolo Paulo sugere que os casados terão “angústia na carne” (I Coríntios 7:28). Essa angústia começa cedo no casamento, muitas vezes durante a lua-de-mel, e é causada pelo período normal de adaptação. É nesse momento que duas mentes procuram concordar em tudo e descobrem que não somente é difícil, mas literalmente impossível fazê-lo.Para muitos, a lua-de-mel termina rápido. A brandura que é tão importante num casamento feliz começa a minguar drasticamente. Desde o momento da primeira discórdia, que pode acontecer tão logo termine a cerimônia matrimonial ou após alguns dias de vida em comum, o casal descobre que “o amor é cego, mas o casamento logo abre seus olhos”.Romeu e Julieta vão para a lua-de-mel e, em poucos dias, Romeu se volta contra Julieta e seu lar torna-se um campo de batalha. É uma guerra sem vencedores; apenas perdedores. (Ver ao lado: “Os problemas mais comuns do casamento”).O casamento pode ser felizÉ possível desfrutar um casamento duradouro e feliz se ambos os cônjuges desejarem sinceramente isso e fizerem todo esforço para alcançá-lo. Embora a maioria dos casamentos passe por fases críticas, as dificuldades podem ser superadas.O que torna um casamento feliz? Que fatores determinam seu sucesso? Numa pesquisa que realizei com 100 casais, descobri que os seguintes fatores são vitais. Eles estão alistados em ordem de importância.1. Comunicação clara e constante entre os cônjuges. O Dr. Norman Wright considera que a comunicação é a chave de um casamento feliz.2. Amor mútuo e expressões de afeição não somente em palavras, mas também através de atos. Isso inclui acariciar, beijar, abraçar, dar as mãos, e dizer “eu te amo”. Os casais necessitam continuar a fazer as mesmas coisas que faziam quando namoravam.3. Religião no lar. Permitir que Cristo seja o centro, e tudo o mais se seguirá. As práticas religiosas incluem leitura da Bíblia, culto familiar, freqüência à igreja e oração.4. Respeito e compreensão mútuos entre os cônjuges. Isso significa ter consciência dos fardos e responsabilidades que cada um carrega e ajudarem-se mutuamente tanto quanto possível.5. Atenção à situação financeira do casal. Isso inclui atingir o maior grau possível de solvência no planejamento e execução do orçamento familiar.6. Tomar tempo para o casal. Ainda que o trabalho e as responsabilidades domésticas sejam importantes, não há desculpas para não se gastar tempo em estarem juntos, fortalecendo o relacionamento matrimonial.7. Compartilhar momentos de recreação e diversão saudáveis. Aproveitar juntos a vida.Para se chegar a um casamento feliz, o casal deve estar convencido de que pode consegui-lo. A não ser pela morte de um cônjuge, não existe nenhuma dificuldade que não possa ser resolvida numa relação de casamento cristão. Os casais deveriam identificar os problemas pelos quais estão passando, chegar a um acordo sobre como resolvê-los, e então se esforçarem decisivamente em solucioná-los.
Ferir e fugir é para covardes; ausentar-se é para desertores; “dar as costas” é a marca dos ingratos; abandono é a saída dos mal-agradecidos; “não há nada que se possa fazer” é a expressão do ignorante. Não há situação que não seja solucionada quando marido e mulher se comprometem com o sucesso de seu casamento e se unem para lutar juntos. Em casos complexos, a orientação de um conselheiro matrimonial cristão experiente será de valiosa ajuda. E Deus sempre está disponível para ajudar. (Ver ao lado: “Como ter um casamento feliz”).O que aconteceu com Michael e Jennifer? Eles tomaram a decisão de ser felizes juntos e conseguiram. Eles dizem que a chave de seu sucesso é passar muito tempo juntos. Eles tiveram uma terrível briga poucos dias após o casamento. Michael decidiu abandonar o lar. E quando estava indo embora, Jennifer correu até o carro e disse: “Se você está me abandonando, eu vou junto com você!” Michael deu uma gargalhada e a abraçou. Desde então eles têm aprendido a se amarem mutuamente, “não importando as circunstâncias”.Autor: Alfonso Valenzuela (D. Min. e Ph.D. pelo Seminário Teológico de Fuller) é terapeuta familiar e leciona Estudos do Casamento e da Família no Seminário Teológico da Universidade de Andrews, Berrien Springs, Michigan, E.U.A. Este artigo foi baseado em seu livro “Casados Pero Contentos”. Ele é também autor dos livros Juventud enamorada, Como fortalecer la família, Padres de éxito, e Casados y enamorados. Seu e-mail é: vale@andrews.edu

Chá de camomila previne complicações da diabetes, diz estudo


Beber chá de camomila diariamente pode ajudar a prevenir algumas das conseqüências da diabetes tipo-2, tais como cegueira, lesões nos nervos e nos rins, de acordo com pesquisadores no Japão e na Grã-Bretanha.
A descoberta pode levar ao desenvolvimento de um novo medicamento derivado de camomila para a doença, cuja incidência vem aumentando em todo o mundo.
No novo estudo, o pesquisador Atsushi Kato, da Universidade de Toyama, ressalta que camomila vem sendo usada há anos como uma cura informal para problemas diversos como estresse, resfriado e cólica menstrual.
Recentemente os cientistas propuseram que o chá da erva pode ser benéfico também no combate à diabetes, mas a teoria não tinha sido testada cientificamente até agora.
Os pesquisadores deram extrato de camomila a um grupo de ratos diabéticos durante 21 dias, e compararam o resultado a um grupo de animais de controle em uma dieta normal.
O nível de glicose no sangue de animais que ingeriram camomila foi significativamente menor do que o dos ratos no grupo de controle, disseram os cientistas.
Também foi registrada uma redução da concentração das enzimas ALR2 e sorbitol. A concentração elevada dessas substâncias está associada a um aumento das complicações relacionadas à diabetes.
A pesquisa foi divulgada na revista Journal of Agricultural and Food Chemistry.


Vida saudável reduz pela metade risco de morte prematura, diz estudo


Um estudo conduzido por pesquisadores americanos sugere que mulheres podem reduzir riscos de morte prematura pela metade se adotarem um estilo de vida mais saudável.
Segundo os especialistas, da Harvard Medical School e do Brigham and Women's Hospital, 55% de mortes causadas por doenças crônicas podem ser impedidas se as mulheres seguirem uma dieta alimentar saudável, não fumarem e se exercitarem regularmente.
Os cientistas acompanharam 77.782 mulheres ao longo de 24 anos, ao fim dos quais foram registradas 8.882 mortes.
Segundo os especialistas, 1.790 óbitos estavam ligados a doenças cardíacas e 4.527 mulheres haviam morrido de câncer.
Na avaliação dos pesquisadores, 28% das mortes foram atribuídas ao cigarro enquanto outros 55% estavam relacionados a uma combinação entre cigarro, falta de exercícios, dieta alimentar inadequada e obesidade.


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Marcos 2:23-28 e Mateus 12:3-8

“Ora, aconteceu atravessar Jesus, em dia de sábado, as searas, e os discípulos, ao passarem, colhiam espigas. Advertiram-no os fariseus: Vê! Por que fazem o que não é lícito aos sábados? Mas ele lhes respondeu: Nunca lestes o que fez Davi, quando se viu em necessidade e

teve fome, ele e os seus companheiros? Como entrou na Casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da proposição, os quais não é lícito comer, senão aos sacerdotes, e deu também aos que estavam com ele? E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado”. (Marcos 2:23-28).

“Mas Jesus lhes disse: Não lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros tiveram fome? Como entrou na Casa de Deus, e comeram os pães da proposição, os quais não lhes era lícito comer, nem a ele nem aos que com ele estavam, mas exclusivamente aos sacerdotes? Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Pois eu vos digo: aqui está quem é maior que o templo. Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos, não teríeis condenado inocentes. Porque o Filho do Homem é senhor do sábado”. (Mateus 12:3-8).

O sábado Bíblico remonta da criação do mundo. Ao Deus terminar sua obra criadora, Ele estabeleceu o sábado, o qual abençoou e santificou (Gênesis 2:1-3). Isto mostra-nos o quando Deus tornou o sábado um dia santo, ou seja, “separado” para uso santo.

O Eterno Deus estabeleceu o sábado como memorial da criação, como o objetivo de conservar na mente de seus filhos o verdadeiro motivo pelo qual Ele deve ser adorado – Porque Ele é o Criador, e nós as suas criaturas. O estabelecimento do sábado foi para manter na mente humana a lembrança de que há um Deus Criador e que não estamos no mundo por acaso. É uma proteção contra o ateísmo e idolatria.

O sábado (hebraico Shabbath) foi criado por Deus para que pudéssemos desfrutar um dia inteiro de comunhão com o Ele e nossa família; Deus viu que iríamos precisar santificar um dia, pois durante a semana não temos tempo integral (só poucas horas) para adorar a Deus e estar com a família. O sábado é meio divino de nos colocar em maior comunhão com Deus e com a família e um remédio contra o estresse, devido á possibilidade de descanso total das obras rotineiras.

Sendo que a guarda do sábado é tão importante, como harmonizar isto com alguns textos Bíblicos que falam que Jesus curou no sábado e permitiu que os discípulos colhessem espigas neste dia?

Vejamos:

Porque Jesus curou nos sábados e permitiu que os discípulos colhessem espigas?

Os fariseus tinham fanatizado a guarda do Sábado. Nas leis deles, era proibido caminhar mais que um quilômetro aos sábados; se uma pessoa deixasse cair um lenço, não poderia juntá-lo por que era Sábado; tinha-se aproximadamente trezentas regras em relação ao dia de guarda.

Ao permitir que os discípulos colhessem espigas no Sábado, ao curar as pessoas neste dia, Cristo não estava abolindo o mandamento. Ele estava ensinando-os a guardarem o sábado do modo correto. O próprio Jesus disse que “é lícito fazer o bem aos sábados” (Mateus 12:12). O Sábado é um dia próprio para fazermos obras de caridade, auxiliar os enfermos, visitar orfanatos e asilos, dar estudos Bíblicos.

Notemos que o Senhor disse “é lícito fazer o bem”, e não trabalhar, pois desviaria nossa atenção de Deus. Deus nos deu seis dias da semana para fazermos o que quisermos; Ele exige apenas um dos dias integrais da semana para dedicarmos em comunhão contínua com Ele.

Jesus guardou a lei: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço”. (João 15:10).

Durante a semana trabalhava na carpintaria, mas no sábado ia á igreja, “segundo seu costume”: “Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler”. (Lucas 4:16).

“Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou”. (1 João 2:6 ). Eu quero seguir o exemplo de Jesus e andar como ele andou.

Portanto, o simples ato de colher espigas no sábado não foi um pecado, pois eles não estavam fazendo uma “colheita” (o que as escrituras não aprovam – ver Êxodo 34:21), mas apenas colhendo para “comer”, assim como se faz ao comer uma “fruta”. Não é pecado apanhar uma fruta para comer no Sábado. Jesus com esta lição queria ensinar isto ao povo da época.

[1][7]“Os sacerdotes...violam o sábado”. – O raciocínio do Senhor neste passo é muito claro: se seus discípulos estavam profanando o sábado por colherem espigas para come-las a seguir (o que era perfeitamente legal), então os atos dos sacerdotes ao cumprirem sua função religiosa no templo (e faziam sacrifícios em dobro nesse dia, cf. Números 28:9) seriam também transgressão.

Caso, por suas palavras, Cristo estivesse afirmando que os sacerdotes desrespeitavam o mandamento, então realmente se poderá concluir que Deus deu ao povo uma lei santa ordenando a santificação do sábado, para depois transmitir a Moisés outra lei eclesiástica que resultaria em violação semanal do sábado da primeira...

É evidente, que o isso da palavra “violam” deve aqui ser compreendido no contexto daquela controvérsia, e a referência de Cristo aos sacerdotes foi simplesmente como ilustração da declaração que pouco depois faria: “Logo, é lícito fazer bem, aos sábados”. (v.12).
[1][7] Consulta Doutrinária (Casa Publicadora Brasileira, 1a Edição, 1979) p. 152 e 153.


“E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Marcos 2:27).

Um verso que nos ajudará a entender esta declaração de Jesus é o seguinte:

“Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem”. (1 Coríntios 11:9).

Se a afirmação de Jesus que “o sábado foi estabelecido por causa do homem e não o homem por causa do sábado” abole o mandamento, temos de supor que a afirmação de Paulo de que “o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem” quer dizer que Deus “aboliu a mulher e sua importância”, o que seria absurdo.

Um dos ensinos de Paulo neste verso é que a mulher foi criada para beneficiar o homem (pois este estava só); o mesmo se dá com o sábado.

Ao dizer que “o Sábado foi estabelecido por causa do homem e não o homem por causa do Sábado”, Jesus está afirmando que o dia de guarda foi santificado para “beneficiar” o homem, e não o homem beneficiar o Sábado. O Sábado foi estabelecido para que o homem pudesse descansar de suas obras diárias e dedicar este tempo somente ao criador, para refletir em seu amor e no seu poder criativo. Os judeus achavam o contrário.

Raciocinemos: Se o sábado foi feito para o benefício do homem, quando que o ser humano se beneficiará dele? Guardando-o! Não podemos nos beneficiar com suas bênçãos sem observá-lo.

Vejamos um estudo extraído do livro “Sutilezas do Erro” acera deste assunto:

“Vejamos o que o Mestre quis dizer com estas palavras. Há aí duas proposições: uma do sábado servir ao homem; outra, do homem sujeitar-se ao sábado. Consideremos a primeira. É de clareza meridiana. O sábado foi instituído e oferecido ao homem como algo muito precioso, como um bem, um favor divino. Figueiredo traduz: “O sábado foi feito em contemplação do homem”. O sentido evidente é que o sábado foi instituído para o bem estar físico, moral e espiritual das criaturas humanas. O sábado é assim uma instituição a favor do homem, em seu benefício, uma bênção grandiosa. Só uma perversa distorção do texto poderia levar à conclusão de que o sábado deva ser considerado contrário ao homem...

“A segunda proposição contida no texto diz: ‘e não o homem por causa do sábado’. Simples demais para ser entendida. Deus não criou o homem porque Ele tivesse um sábado necessitando ser guardado por alguém. Ao contrário, criara primeiro homem , e depois o sábado para atender-lhe às necessidades de repouso e recreação espiritual. Assim o sábado lhe seria uma bênção e não uma carga. O farisaísmo dos dias de Cristo obscurecera o verdadeiro caráter do sábado. Os rabinos o acumularam de exigências esdrúxulas que o tornaram um fardo quase insuportável. A atitude de Cristo para com o sábado foi a de escoima-lo desses acréscimos, devolvendo-o à prístina pureza. A atitude de Cristo para com Seu santo dia foi de reverência e não de desprezo.

“E de passagem cabe aqui uma observação: o sábado foi feito por causa do homem, e isto não pode ser verdade em relação ao domingo, porque no primeiro dia da semana o homem ainda não fora criado!

“...sendo o sábado um mandamento da lei de Deus, se Cristo o transgredisse de qualquer maneira Se tornaria um pecador, e nessa condição não poderia ser nosso Salvador!

“...Jesus declarou-Se Senhor do sábado! Solene e importantíssima declaração! Frise-se bem que Ele é o Senhor do sábado e não do domingo, embora a cristandade... averbe este dia este dia como o “dia do Senhor”. Cristo, porém, reafirmou Sua soberania sobre o sábado. É o autor do sétimo dia, consagrado ao repouso e, nessa qualidade, sabe o que é lícito ou não fazer nele. Os fariseus que censuraram os discípulos por apanharem espigas, foram além dos reclamos divinos, “além do que está escrito”. Punham restrições descabidas à guarda do sábado. E Jesus, para mostrar-lhes Sua autoridade, apresenta-Se como Autor do sábado. Nada há de derrogatório na declaração do Mestre. Ao contrário, reafirma o valor e a vigência do sábado, escoimado, no entanto, das exigências talmúdicas

“Broadus, renomado comentarista Batista, tratando desse texto, assim conclui:

“Mas o sábado permanece ainda, pois que existia antes de Israel, e era desde a criação um dia designado por Deus para ser santificado” (Gên. 2:3)...” (John A. Broadus, Comentário de Mateus, Vol. 1, pág. 345).

“Cristo jamais combateu o sábado, mas apenas a maneira de guarda-lo, a estreiteza dos fariseus.

“Diz Strong, grande teólogo batista:

‘Nem nosso Senhor ou os apóstolos ab-rogaram o sábado do decálogo. A nova dispensação abole as prescrições mosaicas quanto à forma de guardar o sábado mas ao mesmo tempo declara sua observância de origem divina e como sendo uma necessidade da natureza humana... Cristo não cravou na cruz qualquer mandamento do decálogo...Jesus não Se defende da acusação de quebrar o sábado, declarando que este fora abolido, mas estabelece o verdadeiro caráter do sábado em atender uma necessidade humana fundamental’ (A.H. Strong, Systhematic Theology, p. 409).


“Ryle, erudito comentarista evangélico, tratando do texto diz:

‘Não devemos deixar-nos arrastar pela opinião comum de que o sábado é mera instituição judaica, que foi abolido ou anulado por Cristo. Não há uma só passagem das Escrituras que isso prove. Todos os casos em que nosso Senhor Ser refere ao sábado, fala contra as opiniões errôneas que os fariseus propagaram a respeito de sua observância. Cristo depurou do quarto mandamento da superfluidade profana dos judeus... O Salvador que despojou o sábado das tradições judaicas e que tantas vezes esclareceu o seu sentido, não pode ser inimigo do 4o mandamento. Pelo contrário, Ele o engrandeceu e o exaltou’ (J. C. Ryle, Comentário Expositivo do Evangelho Segundo Lucas, pág. 79)[1][8].
[1][8] Arnaldo B. Christianini, Subtilezas do Erro, (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1a Edição, 1965) p. 162- 164.


“Porque o Filho do Homem é senhor do sábado”. (Mateus 12:8).

Neste verso Jesus diz que é o “Senhor do Sábado”, referindo-se ao fato de que ele é o dono. Ele faz o que quiser, ou seja, ele diz como se deve guardá-lo ou não.

Como visto anteriormente, Jesus guardou o sábado e em sua vida testemunhou acerca da maneira correta de faze-lo, como um memorial do Criador e da criação e sem o fanatismo ensinado pelos fariseus.